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Diante das Águas - O medo, a culpa e o ódio. A A A A

Assim que Pablo vai embora, Clara começa a fazer perguntas para Hugo. Ele estava com tanta raiva com o que aconteceu que a responde com um grande mau humor. —De onde você o conhece Hugo? Por que ficou tão irritado ao vê-lo? O que aconteceu? Perguntou ela.
—Fique quieta! –Dizia Hugo bastante irritado. —O quê? –Perguntou ela sem entender. —Desculpe! Eu não queria dizer isso! Disse ele.
—Mas disse Hugo! –Dizia Clara chateada. —Desculpe! Eu o conheço sim. Eu já briguei com ele uma vez; eu o odeio! Disse Hugo.
—Por que brigaram?
—Porque ele estava fazendo mal para outras pessoas.
—Que tipo de mal?
—Outro dia lhe conto Clara, mas então, por que veio aqui?
—Vim falar com você, mas você não apareceu e eu já ia embora!
—Eu vi a pedra que jogou no mar!
—Viu?
—Sim! Naquele momento eu estava nadando por aqui!
—Por que não subiu antes?
—Eu subi, mas fiquei escondido para ver quem tinha jogado a pedra, então eu vi você, mas o Pablo apareceu!
—Mas você podia ter aparecido quando ele chegou!
—Não! Só estava vigiando para ver se ele iria fazer algum mal para você.
—Mas ele não fez e você apareceu!
—Ele ia fazer; por isso apareci!
—O que ele ia fazer?
—Ele ia... –Dizia Hugo parando de falar. —Ia o quê? Perguntou ela.
—Esqueça Clara, só peço para ficar longe dele ta bom?
—Tudo bem. Eu quero falar com você!
—Fale.
—Eu quero lhe pedir desculpas por aquele dia. Eu fui uma idiota por falar aquela bobagem; eu não preciso pensar! Eu sei bem o que quero.
—Tem certeza Clara? –Dizia Hugo com um sorriso no rosto. —Tenho! Disse ela.
—Eu acho que não. Você fala que precisa pensar para ficar comigo, mas na verdade você tem vergonha de mim e por mim.
—Por que teria?
—Porque eu sou uma sereia!
—Antes eu não queria aceitar isso, mas agora eu posso ver que eu lhe adoro do jeito que você é! Eu amo-lhe!
—Clara não me faça sofrer!
—Prometo que não.


Continua...

ALESSANDRO - AM      

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